

AS BODAS DE PRATA DO CONDE BALDINSKI








ÍNDICE
Mirian Tavares (pág. 18)
Carlos Manso (pág. 22)
Valentim Filipe (pág. 26)
Aljezur é Destino Turístico Sustentável (pág. 30)
Projetos da água financiados a 100 por cento no Algarve (pág. 36)
Algarve Nature Fest em Aljezur e Monchique (pág. 42)
Lançamento do III MOMI - Festival Internacional de Teatro Físico - Algarve (pág. 52)
180 Anos do Teatro Lethes em exposição (pág. 62)
«As Bodas de Prata do Conde Baldinski» no Gimnásio Clube de Faro (pág. 78)
Camané no Cineteatro Louletano (pág. 100)












Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é
Mirian Tavares, professora
uero escrever porque preciso. Mas não sai nada. É como carregar pedras e levá-las a lugar nenhum. Subir e descer a montanha. É preciso escrever porque viver, como sabemos, não é preciso. É incerto, inseguro. É fatal. Um texto que me salvasse, que dissesse o que quero, e não quero, dizer. Que dissesse. Eu me calo. Porque não consigo escrever, mas preciso. Escrever é um exercício - exige constância e alguma dedicação. Procuro qualquer coisa, um leitmotiv, um assunto. Qualquer coisa que me diga o que dizer. Nem comigo falo. Esses dias são só silêncio - que é uma dupla forma de solidão.
(Escrevi, ao longo de 5 anos, textos soltos, às vezes quase poemas, num blog muito íntimo. Quem me lia não fazia ideia de quem eu estava a falar. Quase nunca era sobre alguém, mas sobre mim mesma. Andamos à volta do nosso umbigo. E inventamos histórias. Uma
Lembra o tempo que você sentia e sentir era a forma mais sábia de saber e você nem sabia? Alice Ruiz
vez, uma amiga perguntou: essa história tem corpo?)
Qual tua flor preferida? (perguntas enquanto tomamos um café). Eu olho para ti e digo qualquer coisa: margaridas (devia ter dito gerbera. Ou lírios. Houve um tempo em que adorava cravos vermelhos. E há as inevitáveis rosas, que prefiro em cachos, a crescerem desordenadas e a espalharem seu perfume pelas estradas. Sim, porque houve uma estrada com uma roseira. Mas essa é outra história). Que fazes? Costumas sair? (o frio, e uma certa ansiedade de estar ali contigo, a céu aberto, fazem com que eu trema um pouco. Olho para ti, sempre, e as palavras são apenas isto: palavras. Costumo saber usá-las. Esgrimi-las. Mas o frio - talvez, o frio deixava-me quase muda. Sei que não interessam as flores, nem as minhas saídas. A pergunta, que não fazias, era: quem és tu? O que és tu?). O café, um cigarro, pessoas e eu a olhar para ti e a ouvir as palavras, que são apenas isto: palavras. Não queres saber nada de mim? - perguntas. Sim, quero saber tudo de ti.

Do hoje e do ontem. Mas não quero saber nada de ti. Porque sinto que não me devo aproximar. Porque tantos filmes já nos ensinaram isto: a intimidade, em alguns casos, só é possível com a ausência de palavras. Não quero saber de ti porque temo perder-me em caminhos que não vou percorrer. Porque saber de ti ainda me aproxima mais dos teus olhos, da tua pele, das tuas mãos, e não podemos avançar. Ficamos em suspensão. Cada vez que te vejo esqueço qual é minha flor preferida, quem sou eu, quem tu és. Somos um. Fundidos num só desejo. Sinto o suor da tua pele na minha pele, o sal da tua boca. Sinto. E é tão bom saber que estou viva. Tatear cada palmo do teu
corpo nu que repousa ao meu lado. Exausto. Olhar para ti e deleitar-me com o que vejo. Qual é minha flor preferida? Não te saberia dizer. São tantas e serão tantas outras. Quem sou eu? Talvez descubras aos poucos, se tempo houver para descobertas.
(Releio às vezes o que escrevi e, mesmo eu, já não me lembro se eram só palavras ou se havia algum corpo que correspondesse ao texto. Se houve, o corpo, ele não ficou. Ficaram as palavras. São elas que permanecem. Mesmo que, muitas delas, quando juntas, pareçam um romance de Corin Tellado ou um filme de Pedro Almodóvar).
Foto: Isa Mestre



Eleições autárquicas: o voto que decide mais do que parece
Carlos Manso, economista e membro
da Direção
Nacional da Ordem dos Economistas
s eleições autárquicas de outubro de 2025 realizam-se num momento de transição profunda da vida política e social em Portugal. As autarquias, pilar da democracia de proximidade, enfrentam um duplo desafio, responder às exigências crescentes dos cidadãos e resistir à erosão da confiança que ameaça o próprio sentido da representação democrática.
Ser autarca, hoje, é estar no centro da tensão entre a política e a vida real. É gerir o quotidiano, o lixo que não foi recolhido, a estrada que cedeu, o jardim que falta, mas também dar forma a um projeto de futuro. O autarca é simultaneamente gestor, mediador e símbolo. Representa a comunidade, mas também é medido por ela, num tempo em que a política é cada vez mais julgada nas redes sociais, muito antes de ser julgada nas urnas.
O risco maior destas eleições é a crescente personalização do poder local. Em muitos concelhos, o voto deixa de ser uma escolha sobre ideias e passa a ser sobre pessoas, ou pior, sobre simpatias e interesses. A democracia local transformase assim num palco de afetos, clientelas e dependências, onde o mérito e a visão se
diluem na lógica da popularidade, sendo uma tendência crescente e consolidada que fragiliza a política e empobrece o debate.
Há também uma outra tentação, a da desresponsabilização. Muitos cidadãos olham para a autarquia como uma instância distante ou impotente, esquecendo que o município é a forma mais concreta do Estado e é ali, na câmara e na junta, que a democracia ganha corpo e consequência. Quando a participação cívica se reduz ao voto de quatro em quatro anos, perde-se a vitalidade da comunidade e instala-se o desencanto na política e nos políticos.
As autarquias são o espelho da nossa organização coletiva e mostram como distribuímos poder, recursos e reconhecimento, representando a possibilidade de uma política enraizada, onde o cidadão não é mero espectador, mas parte ativa da construção do bem comum. Por isso, as eleições autárquicas são sempre mais do que uma disputa local: são uma prova de maturidade democrática.
Os próximos autarcas terão de enfrentar realidades complexas, algumas têm estado ausentes nos discursos dos candidatos, como o envelhecimento

populacional, a desertificação do interior, a transição energética e como pode alterar a forma como interagimos com a nossa cidade e novos modelos de governação digital, mas também realidades que têm dominado a agenda destas eleições como a crise da habitação e a imigração.
Terão também de recuperar algo mais intangível, o sentido de pertença na sociedade e de confiança no sistema democrático, porque o verdadeiro poder local democrático nasce da palavra cumprida e do serviço à comunidade.
Nestas Autárquicas de 2025, a grande questão não é apenas quem vence as eleições, mas se conseguiremos reforçar a crença de que a política local ainda pode mudar a vida das pessoas e a resposta depende tanto dos candidatos como dos eleitores porque a democracia não se esgota no ato de votar. Começa aí, por isso vote, mas não se fique só por votar, participe. Pensem nisto.
Nota: Este artigo de opinião apenas reflete a opinião pessoal e técnica do Autor e não a opinião ou posição das entidades com quem colabora ou trabalha.


Amália Rodrigues
Valentim Filipe, músico, professor aposentado e dirigente associativo
o cumprir-se o vigésimo sexto aniversário da morte Amália Rodrigues, vasculhei papéis e rascunhos e dei de caras com a folha que na noite de 6 de outubro de 1999 agarrei e comecei a rabiscar, tentando eu próprio prestar intimamente uma pequena homenagem e ao mesmo tempo o meu adeus à grande diva.

Sensações e sentimentos quiçá contraditórios me assaltaram naquele momento, pois, se já naquele tempo não considerava Amália a melhor fadista da sua geração (opinião que ainda hoje mantenho), a verdade é que o seu modo de estar, a magia que de si emanava e que fazia sentir a sua presença onde quer que se encontrasse, eram atributos de alguém especial que, não fazendo nada para que tal acontecesse, conquistava a admiração e curiosidade de quem a rodeava.
Recordo o dia em que, levado por uma amiga comum, a visitei na sua casa no Brejão em pleno Alentejo onde tinha a sua casa de campo, refúgio do reboliço da cidade e onde adorava descansar uns dias entre viagens. Depois de nos apresentarmos e falar um pouco de mim, logo ali enalteceu o trabalho que eu estava desenvolvendo no Algarve com a realização dos concursos de fado amador, pois, se em Lisboa quem se quisesse iniciar cantando havia já naquele tempo as matinées fadistas nos clubes recreativos e outros mais eventos, o que nesta região nem nada que se parecesse existia. Tinha razão, pois hoje mais de 50 por cento dos fadistas que em full ou em part time cantam nesta região nasceram com esses concursos.
Falámos de outras coisas, algumas banais e outras mais profundas, e ali fiquei ainda a admirar mais aquela personagem pela sua disponibilidade para abordar os mais diversos temas, sempre numa atitude humilde emanada de simpatia discreta que deve acompanhar qualquer artista. Recordo de falarmos de Camões como poeta que ela cantava e, a determinada altura, lhe ter questionado o facto de utilizar no fado trejeitos musicais (glissandos e outros) utilizados normalmente na música tradicional, sobretudo das beiras, coisa que parecia incomodar muita gente, e ela responder que a música no seu entender era feita de pontes e não de barreiras, considerando pois uma prática normal, e mais essa coisa de fadista só poder cantar fado, cançonetista só canção, etc, etc, era algo que não entendida. O tempo acabaria por lhe dar razão quando temos nos nossos dias Camané a cantar com Xutos e Pontapés e com Mário Laginha, Sara Correia a cantar com Pedro Abrunhosa, etc.
Confesso que, embora tenha alguns poemas por mim assinados e alguns até registados na Sociedade Portuguesa de Autores, nunca me senti um poeta nem coisa que se pareça e as coisas que escrevo são invariavelmente por impulso.
Este poema a que mais tarde intitulei «De Fado em Fado» fi-lo a pensar na música do Fado Bailado de Alfredo Duarte (Marceneiro) e que até já foi gravado em disco, pode também ser cantado noutros fados tradicionais como Fado Mortalha, Fado Tango, etc.

Para os menos entendidos na matéria, aqui vai uma pequena explicação para as palavras sublinhadas e que fazem referência a títulos de fados (Ex: Tamanquinhas-Fado Tamanquinhas), poetas (Ex: Couto-Vasco de Lima Couto) e frases contidas em letras (Ex: Triste Fado – Com que voz, cantarei meu triste fado) e que no seu conjunto foram por Amália cantados.



Aljezur obtém Certificação
de Sustentabilidade, reflexo de um compromisso coletivo com o futuro do concelho
OMunicípio de Aljezur já recebeu a sua Certificação de Sustentabilidade das mãos da Biosphere Portugal, resultado do processo de criação do Plano de Marketing Estratégico de Aljezur que teve origem na candidatura à linha «+Interior Turismo» com o objetivo de afirmar Aljezur como Destino Turístico Sustentável e de referência em sustentabilidade, regeneração e inovação.
O Diagnóstico de Sustentabilidade com metodologia Biosphere, alinhado com os ODS da Agenda 2030, permitiu conhecer para agir através da elaboração de um Plano de Ação para responder a fragilidades e potenciar oportunidades. A certificação representa um compromisso coletivo entre município, agentes locais, comunidade e setor turístico e valoriza o território e a identidade local, aumenta a confiança de visitantes, empresas e parceiros e constitui um ponto de partida para um processo de melhoria contínua e regeneração. “Às vezes conseguimos transformar tragédias em
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
oportunidades e, a 5 de agosto de 2023, fomos novamente fustigados pelos incêndios. Um fogo que começou em São Miguel, no concelho vizinho, e que depois cercou a vila de Odeceixe. Foram momentos complexos, difíceis, para aquela comunidade, e para todos nós, tendo ardido cerca de 2 mil hectares”, recordou José Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Aljezur.
Num tempo recorde foram preparadas três candidaturas, duas das quais foram aprovadas, outra caiu por terra. Assim, por via da linha de financiamento do Turismo de Portugal, Aviso «Regenerar Territórios», foi possível realizar ações de promoção do concelho e desenvolver o presente projeto, sendo que a outra candidatura aprovada, de 2 milhões e 700 mil euros, incide sobre investimento na rede viária em Odeceixe. “A
administração pública é pesada, demora tempo, há burocracia, é essa a realidade com que temos que lidar todos os dias, daí que estes projetos só agora se tenham concretizado. Precisamos repensar uma série de estratégias para o nosso concelho e, claro, não queremos fazer isso sozinhos, mas lado a lado com a população e o tecido empresarial”, declarou o edil. “A certificação de Aljezur como Destino Turístico Sustentável obriga a uma maior responsabilidade de todos nós e o grande desafio é compatibilizar e equilibrar as necessidades da comunidade e da economia local com a nossa biodiversidade e os nossos valores naturais. Há uns anos que é muito usada esta palavra «sustentabilidade» e, se todos fizermos a nossa parte e dermos pequenos

passos, as gerações vindouras vão certamente agradecer-nos por isso”.
Aljezur é, de facto, o primeiro concelho do Algarve a obter esta Certificação de Sustentabilidade da Biosphere, reflexo de uma aposta da autarquia nas pessoas e na natureza, “mesmo que o ordenamento do território nem sempre nos ajude nesta caminhada”. “Por vezes temos que gritar, esbracejar e dizer que temos razão junto das várias entidades que gerem e que têm competência no território. Há que cuidar dos territórios, amar os territórios, promover o seu desenvolvimento sustentável, e deixamos o pedido aos empresários e empreendedores para que não desistam de Aljezur, mesmo quando confrontados com muitos constrangimentos e dificuldades. O desafio está lançado, para os autarcas, para as pessoas, para os empresários, e
daqui a algum tempo vamos ver os resultados deste trabalho”, concluiu José Gonçalves.
“Um momento histórico, o início de um novo ciclo”, assim descreveu André Gomes a atribuição da Certificação de Sustentabilidade a Aljezur. “Aljezur tem dado provas inequívocas do seu dinamismo e capacidade de afirmação num destino turístico de excelência como é o Algarve. Em 2024, as dormidas cresceram 13 por cento face ao anterior e, comparando com o período pré-pandemia, esse crescimento é superior a 100 por cento. Passou-se de, em 2019, cerca de 80 mil dormidas, para 176 mil contabilizadas em 2024. O número de hóspedes quase duplicou, de 44 mil para 86 mil entre 2019 e 2024. E, principalmente, o índice de sazonalidade passa de 49,2 para


41,9”, indicou o presidente da Região de Turismo do Algarve.
Aljezur juntou-se, deste modo, a um grupo muito restrito de territórios, a nível nacional, que veem reconhecido o cumprimento de um conjunto de padrões internacionais bastante exigentes, em matéria de responsabilidade ambiental, social e económica. “Muitas vezes, quando falamos em sustentabilidade, pensamos apenas na vertente ambiental, mas a parte económica e social são outros dois pilares indissociáveis. Esta celebração não é um fim, é o início de um caminho com uma estratégia muito bem delineada, e a sustentabilidade deixou de ser uma opção, tornou-se uma exigência”, avisou André Gomes. “Os turistas querem reconhecer nos territórios que visitam a tal autenticidade e responsabilidade social, ambiental e económica, e é uma exigência das próprias comunidades locais, dos
residentes. Aljezur é, sem dúvida, um destino diferenciado, integrando produtos turísticos de grande potencial para a nossa região e que claramente permitem continuar a afirmar o Algarve como um destino que é muito mais do que o «sol e praia» e o «golfe». Do surf às caminhadas, da gastronomia ao enoturismo, da cultura viva às experiências de bem-estar, tudo isto há em Aljezur”, elogiou o presidente da RTA. “O futuro do turismo do Algarve passa por alargarmos, incentivarmos, desenvolvermos este tipo de projetos, seja do ponto de vista concelhio ou regional. É possível crescermos mais, melhor e de forma sustentável. É possível atrairmos mais turistas sem perdermos autenticidade, é possível gerarmos mais riqueza sem esgotarmos os nossos recursos e é possível valorizarmos o presente sem hipotecar o futuro”, frisou André Gomes.




Projetos da água no Algarve terão
100 por cento de financiamento garantido pelo Governo e Fundo
Ambiental
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
Auditório David Assoreira da CCDR Algarve, em Faro, foi palco, no dia 24 de setembro, da celebração do protocolo de colaboração técnica entre a Autoridade de Gestão do Programa Regional do ALGARVE 2030 e a Agência para o Clima (ApC)/Fundo Ambiental, no âmbito de investimentos para a gestão inteligente da água e a resiliência do Algarve, em alinhamento com a Estratégia Nacional Água que Une. O ato,
presidido pela Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, garante financiamento a 100 por cento para projetos da água na região algarvia, incluindo 19 candidaturas avaliadas em mais de 59 milhões de euros.
A água é, conforme se sabe, um tema de interesse público regional e esta iniciativa resultou da mobilização de verbas do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência e de fundos europeus para o Ciclo Urbano da Água em baixa através da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, tendo sido aprovados cerca
de 40 milhões de euros. A estes somamse mais cerca de 60 milhões de euros provenientes do Portugal 2030, ou seja, praticamente 100 milhões de euros investidos pelos municípios algarvios entre 2023 e 2027. “Procuramos alinhar as políticas públicas com os fundos europeus, mas isso também só é possível em concertação com o governo. Por isso, quero destacar o empenho pessoal da Ministra do Ambiente e Energia para, em diálogo com todos, viabilizar e concretizar candidaturas. Primeiro assumiu o compromisso connosco de alterar a comparticipação dos 45 para os 60 por cento e depois garantiu o reforço da contrapartida nacional para os 100 por cento”, apontou José Apolinário, presidente da CCDR Algarve. “Apesar da pluviosidade do último inverno, precisamos reforçar a nossa resiliência em termos de gestão sustentável e
inteligente da água. Mediante este protocolo, os municípios e as entidades gestoras submetem a despesa aos fundos europeus, o ALGARVE 2030 paga até 60 por cento e o Fundo Ambiental depois assume o restante montante”, confirmou José Apolinário.
No uso da palavra, Maria da Graça Carvalho reconheceu que o acordo agora assinado veio corrigir uma situação penalizadora para os municípios algarvios no que toca aos projetos na área da água. “Quando chegamos ao governo, em 2024, como os projetos estavam não agregados, a penalização de 15 por cento reduzia o cofinanciamento de 60 para 45 por cento, o que tornava muito difícil a sua execução”, situação que foi, entretanto, corrigida em Conselho de Ministros. “Com a alteração do Plano Estratégico para o Abastecimento de Águas e Gestão de Águas Residuais e


Pluviais 2030 (PENSAARP 2030), e com o contributo do Fundo Ambiental, temos a possibilidade de comparticipar, não apenas 85 por cento, como tínhamos planeado inicialmente, mas a totalidade do montante”, sublinhou a governante, que acrescentou “estarem reunidas todas as condições para fazermos avançar estes investimentos tão importantes”.
A prioridade imediata será dada à água, devido ao «stress hídrico», “pelo que outros projetos ambientais serão analisados, caso a caso, se se justificam, porque há outras regiões do país que também têm problemas”, disse Maria da Graça Carvalho. O novo despacho está assinado e teve o parecer positivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses, portanto, aquilo que for executado este ano já será contemplado. “Executem o máximo possível, porque teremos a capacidade de fazer o cofinanciamento”, pediu a
Ministra do Ambiente e Energia, que destacou ainda a presença na cerimónia da Agência para o Clima, representada por Rosário Gama, que pela primeira vez participou num ato público. “Tem a responsabilidade do Plano de Recuperação e Resiliência nesta área, do Fundo Ambiental e de outros fundos mais pequenos na área do Ambiente e do Clima. Tratou dos projetos dos mais de 800 autocarros elétricos, dos quais o Algarve também beneficiou, e preparou os acordos que assinamos, no dia 26 de setembro, com 89 câmaras municipais para mitigar as consequências ambientais dos incêndios deste verão. Para a região de Aljezur, atingida por fogo em setembro, será feito um protocolo separado”, assegurou.
Este documento é mais um passo para garantir a sustentabilidade futura dos recursos hídricos e incide sobre um dos pilares fundamentais da Estratégia Nacional Água que Une,
designadamente, o combate ao desperdício e às perdas do sistema. “A nossa primeira prioridade é poupar água, a segunda é o combate às perdas, a terceira a reutilização e, só depois de tudo isto, é que pensaremos em aumentar as instalações existentes e construir novas instalações. A água tornou-se uma das grandes prioridades da Comissão Europeia e isso permitiunos aumentar os financiamentos e ter maior flexibilidade na gestão dos fundos europeus”, explicou Maria da Graça Carvalho, que lembrou ainda que o Algarve atravessou 12 anos consecutivos de seca até 2024. “Devido à chuva do ano passado, mas também ao esforço dos algarvios e de todos os que vivem e visitam o Algarve, conseguimos ter poupanças significativas”, enalteceu. “Após um Verão quente, as seis albufeiras do Algarve encontram-se com 72 por cento da sua capacidade
preenchida, com 320 hectómetros cúbicos armazenados. É quase o triplo dos valores registados há um ano, em que estavam a 30 por cento em média. O ano passado tínhamos 135 hectómetros e neste momento temos 320”, destacou.
Contudo, apesar da melhoria, “há que continuar a poupar e a executar cada vez mais rápido”, avisou a Ministra. “Sei que há dificuldades de recrutamento de profissionais, há aqui um esforço muito grande que tem de ser feito, mas é com renovada confiança que olhamos para o futuro neste tema. A água é essencial para o desenvolvimento socioeconómico e para o bem-estar do Algarve, de quem o visita e de quem escolheu trabalhar e viver nesta região”, finalizou Maria da Graça Carvalho.




Turismo do Algarve reforça aposta nos
territórios do interior com mais um Algarve Nature Fest
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Região de Turismo do Algarve
Turismo do Algarve levou a cabo, nos dias 26 e 27 de setembro, nos concelhos de Aljezur e Monchique, mais uma edição do Algarve Nature Fest, reforçando a aposta na valorização da natureza e do turismo sustentável no Algarve. O principal objetivo foi destacar os territórios do interior da região, porque o Algarve, defende o presidente
da entidade regional de turismo, André Gomes, “não é apenas sol e mar”.
Apesar do cancelamento das atividades previstas para o dia 28 devido às condições meteorológicas adversas, o Algarve Nature Fest 2025 encerrou com um balanço muito positivo, tendo reunido mais de meio milhar de pessoas em dois dias de experiências ao ar livre. O arranque fez-se no dia 26, com um programa especialmente dedicado à comunidade escolar dos dois concelhos








anfitriões. Duas centenas de alunos tiveram a oportunidade de experimentar atividades como caminhadas, surf, caiaque, passeios de bicicleta e observação da biodiversidade, aprendendo a valorizar o território de forma prática e divertida.
O Presidente do Turismo do Algarve, André Gomes, juntou-se à abertura do festival, marcando presença no passeio interpretativo da biodiversidade pelo Vale das Amoreiras, em Aljezur, e na caminhada «Entre a Terra e a Água», em Monchique. “O Algarve Nature Fest é um dos eventos icónicos do Algarve. Hoje testemunhámos a alegria com que as crianças contactam com o ambiente; nos restantes dias, o enfoque na sustentabilidade demonstra que o Algarve é muito mais do que sol e mar,
sendo um destino para 365 dias do ano”, enfatizou André Gomes.
No dia 27 de setembro, o festival abriu ao público em geral com cerca de 30 atividades gratuitas, que envolveram residentes e turistas. A diversidade da oferta – do mar à serra, das ondas ao jipe safari, do ioga ao mergulho – levou muitas atividades a esgotar rapidamente, revelando a crescente procura por experiências ligadas ao turismo ativo. Também no plano institucional, o Presidente do Turismo do Algarve destacou que “esta edição abrangeu dois territórios, abraçando dois concelhos infelizmente tocados pelo problema dos incêndios”. “Por isso, a sustentabilidade esteve presente em 40 ações programadas para mais de 500 participantes”.

Paralelamente, o evento incluiu uma vertente profissional que juntou cerca de 100 participantes em reuniões B2B, potenciando parcerias estratégicas para o setor, e acolheu ainda Fam e Press Trips com operadores turísticos internacionais e meios de comunicação estrangeiros, reforçando a promoção externa do destino. E, mais do que um festival de atividades, o Algarve Nature Fest 2025 assume-se como um compromisso com os territórios de Aljezur e Monchique, estando integrado na candidatura à Linha + Interior Turismo – Aviso «Regenerar Territórios», no âmbito do «Programa de Comunicação e Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina», que visa valorizar os recursos endógenos dos concelhos e impulsionar a economia local, em estreita ligação com as comunidades.
Neste contexto, o festival foi também um dos momentos de ativação da nova campanha promocional conjunta do Turismo do Alentejo e do Turismo do Algarve, intitulada «Ao Natural é melhor», que celebra a autenticidade do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Com Aljezur, Monchique e Odemira como protagonistas, a campanha inspirase na paisagem preservada, nas tradições enraizadas e na vivência não-digital que distingue este território. O objetivo é afirmar a região como um destino único e sustentável, capaz de atrair visitantes que procuram desligar-se do artificial e reconectar-se com o genuíno. “O facto de serem territórios do interior é algo em que apostamos com muita convicção. Assim, chamamos a atenção para uma atividade turística plural, diversificada e ao longo de todo o ano”, sublinha André Gomes.












III MOMI – Festival Internacional de Teatro Físico – Algarve chega a Faro com programação de topo
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina e MOMI
programação da terceira edição do MOMI – Festival Internacional de Teatro Físico –Algarve foi oficialmente apresentada, no dia 30 de setembro, por Miguel Martins Pessoa e Diana Bernedo, diretores artísticos do Festival e do JAT –Janela Aberta Teatro, numa sessão que decorreu no Palácio Belmarço, em Faro, e que contou com a presença do
Embaixador do MOMI, Pedro Tochas. A cerimónia reuniu várias figuras institucionais e culturais, incluindo o Presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, o presidente da Região de Turismo do Algarve, André Gomes, o Diretor Regional do IPDJ, Custódio Moreno, o Diretor Artístico do Teatro Lethes, Luís Vicente, e o Diretor do Teatro Municipal de Faro, Gil Silva.
O terceiro capítulo do MOMI terá lugar de 6 a 9 de novembro e o público pode



esperar uma programação diversificada, eclética, inclusiva, intensa e poderosa com artistas nacionais e internacionais, com estreias absolutas em Portugal. O festival destina-se a celebrar o corpo como motor de expressão e reflexão, unindo linguagens artísticas como a dança, o clown, o mimo e o teatro físico.
Segundo Pedro Tochas, a qualidade dos espetáculos está garantida nesta programação e o público não se vai desiludir. O reconhecido clown português salientou a importância de um Festival como o MOMI na região algarvia, como potencial produto turístico cultural, como forma de combater a sazonalidade da região, bem como a possibilidade da população poder assistir a propostas incríveis do ponto de vista teatral, fora dos grandes centros, e totalmente inclusivas, por serem de teatro físico, eliminando a barreira linguística.
O espetáculo «O Palhaço Escultor» de Pedro Tochas, uma história de amor sem dizer uma única palavra, fará as honras de abrir o Festival às 19h do dia 6 de novembro, no Teatro Lethes. Ainda neste magnífico espaço vai a cena, no sábado, dia 8 de novembro, às 21h, o espetáculo «Ibéria», uma comédia teatral irreverente, com humor e crítica social, que atravessa mil anos de histórias e estórias entre Portugal e Espanha. Uma criação emblemática de Peripécia Teatro que assinala os 20 anos da companhia portuguesa. No domingo, 9 de novembro, às 16h, o Teatro Lethes receberá o espetáculo «Untold Stories», do Mimo Silent Rocco, da Áustria, que transforma o palco numa paisagem onde as emoções são tangíveis, os objetos guardam segredos e o impossível parece real, criando mundos e histórias inesquecíveis.
No Teatro das Figuras o público terá a oportunidade de assistir a «Maldonne»,




na sexta, dia 7 de novembro, às 21h30, em estreia absoluta em Portugal. Um poderoso manifesto coreográfico, onde a dança se transforma em grito e resistência, no qual a coreógrafa Leïla Ka convoca cinco intérpretes e 40 trajes para vestir identidades, atravessar papéis e questionar normas. Para encerrar o festival, no domingo, 9 de novembro, às 19h, a obra-prima «May B», de Maguy Marin, promete um desfile comovente pela fragilidade da condição humana, através de uma linguagem teatral selvagem que transforma o ridículo e o angustiante em metáforas que revelam a vulnerabilidade da nossa natureza.
O IPDJ de Faro será também palco de três espetáculos. «Spiel im Spiel», da coreógrafa turca Ceren Oran & Moving Borders, terá duas sessões para escolas, na sexta-feira, 7 de novembro, às 10h e
11h30. Este espetáculo permitirá comprovar que quando brincamos, tudo é possível: o chão é feito de lava, os objetos voam pelo ar e os itens do quotidiano ganham um significado totalmente novo. «O céu não lhes responde», da companhia portuguesa EsTe – Estação Teatral, no sábado, dia 8 de novembro, às 12h, também no IPDJ, é um espetáculo urgente ao pensarmos nos desafios da sociedade atual, na opinião dos diretores artísticos. Relata-nos através do corpo, do gesto, das emoções, da simplicidade e do jogo cénico, o percurso de duas personagens em busca de uma oportunidade. O último espetáculo no palco do IPDJ, «Alma de LaBú Teatre», é uma viagem poética e sensorial pelas quatro estações do ano, cada uma com a sua própria alma, que se vai moldar através dos objetos e materiais com que o protagonista se depara. Esta proposta



destinada ao público infantil e à família terá lugar às 10h30 de domingo, 9 de novembro.
O Largo do Carmo, em Faro, também será palco do espetáculo de rua «¿Y Ahora Qué?», do artista chileno Mimo Tuga, prémio do público da segunda edição do MOMI, em 2023, que promete uma experiência para viver a partir de dentro, para brincar e nos reconectarmos, porque, no final de contas, é disso que tanto precisamos. Além dos espetáculos, o festival oferece workshops sobre os temas: «Atuar na Rua», ministrado por Mimo Tuga, «Dança/Teatro para crianças», por Moving Borders, e «Mimo Moderno», a cargo de Silent Rocco.








180 Anos do Teatro Lethes em exposição na CCDR Algarve e Teatro Lethes
O edifício onde se encontra o Teatro Lethes começou por ser um colégio de Jesuítas – Colégio de Santiago Maior, fundado em 1599 pelo então Bispo do Algarve, D. Fernando Martins Mascarenhas. Em 1759, a Companhia de Jesus foi banida do país e foram confiscados os seus bens, por ordem do Marquês de Pombal. O Colégio de Santiago Maior, um local de Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
oi inaugurada, no dia 3 de outubro, na sede da CCDR Algarve e no Teatro Lethes, em Faro, a exposição comemorativa dos 180 anos de história deste espaço cultural emblemático da região, com curadoria de Ana Clara Santos. A iniciativa é promovida pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve e Câmara Municipal de Faro, em parceria com diversas entidades locais e nacionais,
reforçando o papel do Teatro Lethes na vida cultural e comunitária do Algarve.



aprendizagem de matriz religiosa, encerrou as suas portas.
Em 1843, o Colégio foi arrematado em hasta pública por Lazaro Doglioni, que manifestara publicamente a intenção de construir em Faro um teatro à semelhança do S. Carlos, de Lisboa, e do «À La Scalla», de Milão. A inscrição latina na fachada do edifício, «Monet Oblectando», poderá ser traduzida por «instruir, brincando», salientando assim as preocupações culturais do promotor da construção desta sala de espetáculos.
O Teatro Lethes foi inaugurado a 4 de abril de 1845, associando-se às comemorações do aniversário da Rainha D. Maria II. A partir de 2012 ali foi instalada A Companhia de Teatro do Algarve – ACTA, como estrutura residente. O Teatro Lethes foi classificado como Imóvel de Interesse Público por decreto de 30 de novembro de 1993, com a designação de «Colégio de Santiago Maior, atualmente ocupado pelo Teatro Lethes».


































«AS BODAS DE PRATA DO
REGRESSOU… E MELHOR

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
DO CONDE BALDINSKI»
DO QUE NUNCA


primeiro espetáculo do JAT – Janela Aberta Teatro, «As Bodas de Prata do Conde Baldinski», regressou ao palco do Gimnásio Clube de Faro, nos dias 3, 4 e 5 de outubro, e com mais três sessões no fim-de-semana de 10 a 12 de outubro, com um novo elenco e ainda melhor do que em 2018, quando foi o resultado final de uma oficina de teatro físico.
Começando pelo princípio, como todas as histórias devem começar, o Conde e a Condessa Baldinski celebravam as suas bodas de prata no palacete do casal quando, durante a festa, o Conde é
assassinado. Um crime que o próprio já temia, de tal modo que enviara uma carta ao Inspetor Mina para que este marcasse presença na festa a fim de tentar evitar tal desfecho. Isso não aconteceu e, de repente, todos os presentes se tornam suspeitos do crime, desde a própria mulher à filha e irmã do Conde Baldinski, sem esquecer, claro, os empregados.
É este o enredo de «As Bodas de Prata do Conde Baldinski», peça inspirada nas linguagens do Teatro Físico, do Cinema Mudo, da Pantomima, do Slapstick e do Coro Físico que teve como grandes atrativos o talento dos atores e o facto da peça se desenrolar nos vários espaços do Gimnásio Clube de Faro. No salão principal aconteceram as cenas principais, mas, na sala adjacente,



assistiu-se a um jantar tenebroso, um autêntico ritual sobrenatural, em torno do corpo da vítima. Antes disso, na cozinha, os empregados do casal tinham deixado escapar algumas inconfidências sobre o dia-a-dia daquele palacete, com o público a perceber que muita coisa estranha acontecia no lar dos Baldinski.
Com direção artística de Miguel Martins Pessoa e Diana Bernedo, a peça é interpretada por Nuno Murta, Ilda Nogueira, Susana Tramoceiro, Laura Pereira, Fernando Cabral, Mariana Marta, Ambra Zotti e Jorge Oliveira. O JAT conta com os apoios da República Portuguesa –Cultura/Direção-Geral das Artes e da Câmara Municipal de Faro.


















































CAMANÉ E AMIGOS CINETEATRO LOULETANO

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Jorge Gomes
AMIGOS ESGOTARAM LOULETANO


Cineteatro
Louletano
esgotou, no dia 20 de setembro, para assistir a um concerto de Camané no qual o conhecido fadista prestou uma grande e merecida homenagem a José Mário Branco.
O cantor interpretou grande parte dos fados que José Mário Branco compôs para si, mas entrando também noutros repertórios e escolhendo os temas do autor que lhe são mais queridos. O concerto é, por isso, um justo e devido

reconhecimento a um músico fundamental no trajeto e formação da sua carreira.
Em palco, Camané apresentou-se com um elenco de luxo ao nível dos músicos, com destaque para o piano a cargo de Mário Laginha e para a bateria e percussão, nas mãos de Alexandre Frazão. Camané trouxe também o já habitual trio de guitarras que o acompanha, Pedro Soares (Viola), José Manuel Neto (Guitarra Portuguesa) e Paulo Pazmas (Contrabaixo), deixando espaço para novas instrumentações e inspirações musicais fora da sonoridade do fado que complementaram os temas.



















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